quinta-feira, 17 de maio de 2007

Como eu gostava de...


Sensações que afectam a vontade de continuar, a vontade se seguir em frente, surgem na minha alma. As sombras que resistem, e não o fazem de forma silenciosa, mais do que nunca as memorias que estes fantasmas relembram, gritando de forma voraz dentro de mim, fazem a diferença nas minhas escolhas, fazem a diferença na minha vida.

Vida miserável, dia após dia surgem oportunidades inoportunas. Felicidade ocasional, actos desesperantes....

Falta de coragem, é o pior que me podia acontecer agora. Adorava poder revelar-te o que sinto, adorava ter junto a mim, adorava sentir a tua solene presença aqui, acima de tudo adorava proferir te a palavra mais simples, mais linda e mais sincera, a palavra AMO-TE. Porque isso sim é a mais pura das verdades. Tudo o que me tornou fraco ficou para trás, mas a debilidade não desapareceu, as feridas não parecem sarar.

“O que não nos mata só nos torna mais fortes” – Não parece ser verdade, ainda estou vivo, e a fraqueza persiste. A agonia ao sofrimento, o medo de reviver tudo de novo, a desconfiança em relação às pessoas, em relação a tudo, em relação a todos não liberta o pensamento, aprisionando o coração. Não resisto a esse teu ternurento olhar, idolatro o teu encantador sorriso e dependo do teu marcante carinho, do teu sedoso beijo.

Como gostava de to poder dizer… Abomino-me por não o fazer, mas por mais que tente, fraquejo.



P.S.--> Sem inspiração.. Apenas um desabafo..

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Quando estás aqui…




Mais uma vez, desperto para um novo dia, é bem cedo por sinal. O sol está a nascer, começa a raiar por entre as poucas nuvens presentes no infinito céu, e ao observar a génese deste dia, sem causa aparente reajo com um sorriso. Talvez seja sinal de que o dia irá decorrer de uma forma positiva.

É meio-dia, e até agora tudo parece correr bem, pareço estar liberto de todas as tormentas que me têm vindo a assolar o espírito neste tempo recente.

Algo novo surge no meu até agora debilitado pensamento, há muito que não me sentia assim. Observo alguém por entre os arbustos, o ritmo do coração acelera de forma descontrolada, aproximo-me, estou cada vez mais perto, mais perto de ti, mais perto de me encontrar a mim mesmo, de sair desta escuridão, em que eu próprio me coloquei. O coração bate de tal forma que as veias se salientam, consequentemente vou começando a tremer. Não sei o porquê de tudo isto, nervosismo exuberante sem causa aparente.

Finalmente estás aqui, já consigo ver-te, estás linda, aliás como sempre, penso é nunca o ter notado tão profundamente como hoje. O teu olhar é mais que belo, e encaminha-me para a obsessão, não te quero largar. Num acto espontâneo aproximo me mais e mais, os meus lábios aproximam-se dos teus, agora já é impossível voltar atrás. Estamos prestes a beijar-nos, preciso de sentir esse teu delicado carinho em meus lábios. Esse fugaz olhar dirige-se para mim, de forma intensa, quase irresistível, nesse exacto momento tudo o resto desaparece, tudo se reduz a nada. No momento em que voltei a mim, estamos sentados, e admiro essa incontestável beleza que possuis, tirando proveito desse doce carinho, dessa energia que o teu corpo emana, energia essa que me faz feliz. Não te quero largar, sei que tenho que ir, mas todas as forças do meu corpo parecem impedir-me. Tudo desvanece, quero ficar contigo e ver o luar deste dia, dia este que devolveu a esperança de voltar a ser feliz, a um simples moribundo. Quando estás aqui tudo perde o sentido, tudo fica confuso, mas mesmo assim não abdico desses momentos por nada, a tua presença ofusca a solidão, cessa a tristeza e afasta as preocupações, adoro todo esse teu encanto, e esse mistério que te rodeia é motivo de fascínio. I need you!

Só me resta uma pergunta, à qual não possuo a resposta:

A que me encaminha tudo isto?

P.S.----> Listening “Just one night” and “Kiss you” Cassie

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Por um Segundo...


Páro para pensar, por um momento, um curto e insignificante segundo de uma vida demorada, dada a preocupações desinteressantes e insólitas do quotidiano. Uma leve fuga a um completo desastre diário leva-me a pensar como seria se…. Se por um segundo, parássemos para pensar em nós. Por um segundo nos lembrássemos daquilo com que sonhávamos em crianças. Por um segundo retornássemos a um passado no qual a ingenuidade nos encaminhava para a verdadeira felicidade, livre de mentiras relevantes, livre de traições que deixam marcas, de punhais que nos ferem como lanças, de dias cinzentos de tristeza. Num tão insignificante segundo percebemos tanta coisa, neste meu segundo de reflexão apercebi-me que a vida martiriza, faz sofrer. Este sofrimento que me impede de prosseguir, que me impede de viver a minha felicidade… Que me impede de pensar!
Degradantes, indistintamente degradantes, são assim que se tornam os dias nestes momentos. São lágrimas que percorrem o rosto culminando até os lábios, deixando o amargo sabor da tristeza ainda mais vivo no pensamento. É uma imagem de mim mesmo que não quero ter, imagem de fraqueza, de constante falta de coragem, de medo.
Mas é assim que me sinto, com medo de enfrentar os monstros do passado pois podem tomar conta de mim outra vez, se é que ainda não o fizeram. Fica em suspenso a questão, o que será da minha felicidade se continuar assim, fraco de espírito, inconsciente dos actos, dependente da vontade de outros. A saliente e visível tristeza salta a vista após um desgastante dia, no final de mais um culminar de ilusões, no final de todo um desabamento de esperanças.


Listening "Nothing else matters"