segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Eu em Mim


Os olhos são o espelho da alma, e segundo teimosia eles não reflectem a minha alma .
Sei por certo quem sou, mas de um outro prisma concordo com a oportuna frase que um dia me ficou na consciência, no fundo não sou quem realmente sou.

Dias desgastantes, após noites infindáveis, terminaram por findar o que restava do meu ser em mim, acabaram por me tornar num outro eu. Um eu que não pára de rir, que parece superar tudo e todos, de ignorar desgostos e desgraças com uma simples e única forma de virar o rumo de tudo.

Certamente que como qualquer outro ser a dor do tanto que em segundos se reduz a tão pouco, da perda do pouco que nos mantém a vontade de persistir, de lutar por um dia feliz, deixa marcas, deixa traumas... O que persistiu dentro de mim após tudo o que tem ocorrido, e neste tudo encontram-se tantas vivências que irão morrer dentro de mim, que mancharam a maneira de agir de alguém que já não é por certo a mesma pessoa.

O que resta do verdadeiro eu? Talvez a desafortunada alma que nada esquece, e nada deixa para trás, nem mesmo a mágoa e o rancor que se mantém desde sempre e permanecerá até ao ultimo suspiro que o meu coração tenha vontade de dar...

Eu não sou eu! Não porque tenha vergonha de demonstrar quem sou, mas sim por medo de reviver o passado.
O verdadeiro eu jaz em toda a arte que possa criar, em tudo o que realmente amo, em tudo aquilo que ainda consigo confiar...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

PseudoSuicidio



Fugaz oportunidade de sobreviver que sobrevoa o submundo inconsciente do ser.

Tristeza efémera em mim que me destrói, que me mata aos poucos.

Ilusão,da tua tão falsa paixão que fere, que magoa, que não arreda pé.

São lágrimas, provenientes de uma experiência cruel, duma existência tão inóspita que tantas vezes nos põe a pensar.

A simples ideia do suicídio ajuda a passar tantas noites que se parecem tornar infindáveis.

As estrelas, a lua e a pequena restia de esperança que permanece dentro de mim sao cobertos pelo nevoiro denso da desilusao.

Um futuro incerto, pelo qual nao creio continuar a lutar, do qual me tento afastar, mas que me arrasta.

Vida nefasta que nunca quis ter, continuar torna-se assim mais degradante que morrer..