quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Triste Presença


É triste a presença de ti em mim, é a injusta a ausência de ti aqui. Dia após dia, semana após semana penso que superei um pouco a falta que nunca deixas de me faze, mas um pouco depois de cada uma dessas insanas conclusões, caio em mim e apercebo-me que é tudo uma estratégia de mim mesmo para evitar sofrer.
Triste presença de cada pedaço de ti que permaneceu em mi, triste ausência de cada um desses pedaços que desvaneceu quando no culminar da minha morte de espírito me estilhaçaste quase de forma desumana o coração com as tuas palavras.
A escrita permite um desabafo que nunca poderia ter de outra forma. E sim, no dia em que leres tudo isto, será o dia em que finalmente eu tenha superado tudo e todos, em que finalmente possua a coragem que tanta falta me faz de alguns meses até este momento.
Desespero por não te ver, mas nunca voltarei atrás com uma decisão tomada, uma decisão racional, uma decisão que tanto me custou a tomar.
Lamento tanta coisa... No entanto não mudaria nada..
- Agora?
- Agora és passado
- Agora?
- Agora preciso de desmitificar a ideia de amor eterno que permanece no meu ser.
- Agora?
- Agora não sei o que fazer do agora...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Jazigo de emoções


Absurda vontade de ver-te... Insólita vontade de ouvir-te, constante saudade de todo e cada um dos teus simples e comuns gestos.
Menosprezo à uns dias todos este pequenos pormenores que se têm revelado dentro do meu ser. Não poderia no entanto evitar perceber que todos estes acontecimentos simbolizam sinais que tenho vindo a dar a mim mesmo.
O som do vento, da brisa que sussurra carinhosamente o teu nome a cada segundo que passa. O despertar de sentimentos que é visível pelas musicas que tenho vindo a ouvir sistematicamente dia após dia.
A recordação permanente da ausência do teu inconfundível perfume que não me permite esquecer que não estás.
O desafortunado destino que me revela mais e mais situações nas quais não me quero envolver, e que encaminham para mais e mais sofrimento.
Não consigo libertar a minha mente.. Caminho lânguido através da noite morta, mas há algo que me acompanha dentro desta negra e mórbida escuridão.
Seja o que for que me tenha levado, a subitamente ficar desta forma, tornou-se repentinamente mais importante do que tanto que o foi até hoje. Desespero, pois é certo para mim que és superior a tudo o que possa sentir. Nunca poderás sentir o mesmo, não por um ser semelhante a mim...