
Renascimento de um alguém que desconheço. A revolta que tanto de mim consumiu, que tanto de mim levou, reaparece de forma repentina e nefasta. Revolta contra mim mesmo por não conseguir ser tudo o que deveria, por não corresponder às expectativas de quem me atribui acima de tudo a sua confiança, revolta contra a imensa fraqueza que persiste no fundo do meu ser e que não desaparece tornando dia após dia um pouco menor a mísera vontade de viver.
A verdade é que raramente somos quem demonstramos ser, mas a minha leve e insignificante falta de carácter supera cada vez mais esta afirmação, mais do que nunca escrever torna-se uma fuga a uma realidade que conspurca e destrói os objectivos a que me propus. Gélida e efémera solidão. Lânguido amanhecer. Tristeza
arrebatadora. A vida assim não é vida, até a morte se revela mais compensadora do que esta frustrante tentativa de seguir em frente.
Fazes-me falta, mesmo que nunca o venhas a perceber sinto me só quando não estás. Não me oponho a decisões que não sejam tomadas por mim, e mesmo essa fosse a minha vontade, nunca teria esse direito, limito me a aceitar, a respeitar e inevitavelmente a sofrer, mais que nunca, mais que ninguém...
É triste a forma como um ser se rebaixa perante o seu semelhante, mas mais triste que essa atitude passional, pode ser a forma de desumana de agir perante tal acto. Para trás fica tanta coisa, reduzida a tão pouco, tantos momentos felizes trocados por lágrimas, tantas decisões, tantos acontecimentos que ao desenrolarem-se tornam momentos como este mais e mais insuperáveis...
5 comentários:
Também eu renasci em mim como um ser em que me conheço. Abatido. Desanimado. Deixo-me ir ao sabor da corrente sem questionar, pois qualquer força é exigir demais de mim.
Algo me diz que agora deveria ser forte, deveria ser diferente, deveria ser dura comigo e mesma e não me deixar renascer. Mas renasço. E tanto me conheço que me temo. Temo a desilusão que enfrento, as saudades que batalho, as pessoas por quem chamo e não podem vir.
Pensava conhecer-me. Mas conhecia aquela que queria ser e não a que renasce agora outra vez. Sinto o fracasso na ponta dos dedos. O desânimo.
Um pequeno sopro de vento. Desfaço-me.
Mil peças. Renasço?
(Acho que me deves entender melhor que ninguém. Por alguma coisa és o meu bro. Adoro-te, minino**)
A impressão que temos no peito de impotência. O querer e por erro nosso não poder. Porque fomos outros que não nós mesmos, e desconhecemo-nos assim e tememos o que fazemos.
Merda de vida! Revolta.
Também eu renasci por me ter envergonhado do que não sabia que era capaz.
Neste momento passou tudo e perdi esse tudo que se tornou do mais belo ao mais amargo nas nossas vidas, só porque terminou mal. Mas começou bem! E, daí? Terminou mal!
Terminou.
Choro.
Perdemo-nos assim estupidamente em seres inacabados.
(Parece que nós os três estamos equivalentes. Revejo-me no teu maravilhoso texto. Dói.
Beijo amigo*)
¿qué pasa chico?
=/
nao gosto assim nao.
nao gosto que digas que nao tens cara'cter e que nao e's quem aparentas ser.
e's uma pessoa espectacular e cheiinha de coisas boas, sabias?
so' ha' uma coisa que tens que mudar (em meu ver): nao te culpares tanto pelas coisas que acontecem.
'as vezes as coisas acontecem porque tem que acontecer.
e as pessoas que ficam para tra's...vao ficar sempre dentro do teu coraçaozinho.
e ha' que renascer (outra vez) :) sim?
e ja' sabes que no's vamos estar sempre aqui para o que for preciso.
beijinhoooooos ******
outra coisa.
eu venho aqui para ler um texto lindo e acabo por ler um texto lindao e 2 comenta'rios fanta'sticos
:)
isto e' que e' gosto 'as letras :)
beijinhooooooooooos *****
Não há mais anda aqui para mim, preciso de um fim para me libertar, mas enquanto eu me aguentar, nunca vou viver para além do meu engano...
porta t
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